segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Cresce mercado de produtos orgânicos no DF


Há algumas décadas, o consumo de alimentos livres de agrotóxicos parecia algo para poucos, em razão dos elevados preços, decorrentes da baixa viabilidade de produção. Esse cenário, contudo, está mudando. A preocupação com a saúde e com o meio ambiente, a cada dia, impulsiona e faz do mercado orgânico uma excelente oportunidade de negócio.
Números do Projeto Organics Brasil apontam que o consumo no setor cresceu 40% no último ano no país. Em Brasília, de acordo com o Sindiorgânicos, são mais de 150 produtores filiados na cidade. “Aqui no Distrito Federal, estamos crescendo em ritmo acelerado: cerca de 30% ao ano, acima da média anual do país, de 20%. E ainda assim a demanda é maior que a oferta. Como o custo tende a cair, continuaremos atraindo mais consumidores”, avalia o coordenador de Agroecologia da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), Roberto Carneiro.
A estudante universitária, Marise Góes, sempre morou no interior e cultivava o que consumia, como frutas, legumes e verduras. Ao se mudar para Brasília, em 2008, sentiu falta da "comida caseira". "Nessa época, vi no mercado uns pacotinhos com um selo Orgânico então resolvi levar. Comecei a comprar esses produtos, pois eu achava muito estranho o gosto, o cheiro, às vezes, até a textura de alguns alimentos não orgânicos", afirma a universitária que agora utiliza os orgânicos como parte de sua dieta.
Resultado de uma produção sem uso de agrotóxicos e que respeita os aspectos ambientais, sociais e culturais, os orgânicos vão além das frutas, verduras, mel, cereais, cosméticos e tecidos produzidos a partir de matérias-primas sem o uso de produtos químicos. Hoje, há artigos para o consumo dos mais variados tipos.
Dentro dessa filosofia, Rodrigo Leite decidiu abrir um ecomercado há três meses na 303 Norte. Ao entrar no Bioon, os clientes encontram no piso superior da loja, vestuário, biojoias, objetos de decoração e brinquedos, todos fabricados de forma orgânica. O térreo é dedicado à alimentação, com exceção para os produtos de limpeza e os cosméticos.
Há quase um ano, a Fazenda Malunga instalou um empório com foco nesse tipo de negócio na 315 Norte. “Estamos há 28 anos no mercado. Começamos nas feiras, depois passamos a fazer entregas em domicílios, chegamos aos supermercados e, agora, também atendemos aqui”, conta a gerente da marca, Ana Catarina Valle. “Só trabalhamos com produtos certificados. Isso transmite segurança para o cliente, que tem garantia do que está comendo”, acrescenta.
Segundo o diretor administrativo da Associação dos Participantes do Mercado de Produtos Orgânicos de Brasília, o engenheiro agrônomo Hermes Januzzi, “O selo orgânico não só comprova que o produto é livre de agrotóxicos como indica que foi produzido dentro de um conceito sustentável, incentivando a agricultura e a economia local, além de exercer um papel social”, explica.
O Empório Espaço Natural, na 714/715 Norte, funciona desde 1994. Há pouco mais de dois anos, abriu outro ponto no Sudoeste. “É um mercado muito bom, que não para de crescer. Atendemos um público muito específico, de poder aquisitivo elevado. No entanto, ainda falta investimento em tecnologia e por isso acabamos ficando suscetíveis às alterações climáticas. Se chove, por exemplo, não conseguimos comprar folhagens”, reclama o proprietário Verinaldo Sousa.
Segundo o coordenador de agroecologia da Emater-DF, o governo brasileiro aplica entre R$ 10 e R$ 20 milhões por ano nesse mercado, enquanto a Alemanha, referência no assunto, investe 80 milhões de euros. “A diferença é enorme, mas ainda assim estamos crescendo”, enfatiza o coordenador de Agroecologia da Emater, Roberto Carneiro.

Produto Seguro
A certificação é o procedimento pelo qual uma terceira parte, independente, assegura, por escrito, que um produto, processo ou serviço obedece a determinados requisitos, através da emissão de um certificado. Esse certificado representa uma garantia de que o produto, processo ou serviço é diferenciado dos demais. No caso de produtos orgânicos, a certificação é um instrumento, geralmente apresentado sob a forma de um selo afixado ou impresso no rótulo ou na embalagem do produto, que garante que os produtos orgânicos rotulados foram produzidos de acordo com as normas e práticas da agricultura orgânica.
As agências certificadoras precisam ser credenciadas por um órgão autorizado que reconheça formalmente que uma pessoa ou organização tem competência para desenvolver determinados procedimentos técnicos de fiscalização da produção. No caso de produtos orgânicos, no Brasil, o órgão que credencia é o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), por meio do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Cabe ao também ao Ministério da Agricultura acompanhar e fiscalizar os organismos de certificação que, mediante prévia habilitação do MAPA.
Custo benefício
Para quem busca por menores preços, as feiras se mostram mais atraentes, com a venda de orgânicos quase ao mesmo custo dos convencionais nos supermercados. Segundo o diretor administrativo da Associação dos Participantes do Mercado de Produtos Orgânicos de Brasília, Hermes Januzzi, isso é possível porque, nesses espaços, a venda é direta ao consumidor, sem intermediários. Uma das feiras mais conhecidas para a venda de orgânicos está localizada na Ceasa. Lá, segundo Hermes, todos os produtos são certificados e há muita variedade de hortaliças, tubérculos e até itens industrializados.
A bancária Janice Costa, conheceu os produtos orgânicos através de uma amiga que levou morangos à um café da manha no trabalho. " Estavam lindos e deliciosos e foi numa época em que estava difícil achar morangos. Quando perguntei, minha amiga me contou do sítio de uma conhecida dela e que eles vendiam os produtos nessas feirinhas de entre quadra", comenta Janice que, mesmo fazendo as compras do mês em hipermercados, compra os produtos orgânicos nas feiras. " Não acho muito caro, principalmente porque quando se olha pra fruta ela está madurinha, a gente percebe maior qualidade".


Onde encontrar produtos orgânicos no DF

AGE - Associação de Agricultura Ecológica

Quarta e Sábado (pela manhã)
- 315 norte (ao lado da Igreja Messiânica) Brasília
- 909/709 sul (no Sindicato Rural do DF)
- 112 sul (ao lado da escola Ursinho Feliz) Brasília
- 316 sul (próximo banca de revista)

Sábado (pela manhã)
- Sudoeste EQSW 303/304 (em frente à escola Candanguinho)
- 303 norte (ao lado da Igreja Santo Expedito)
- Empório rural Brazlândia - Margem da DF 240 – Incra 6 – ARCAG - Brazlândia

Domingo (pela manhã)
- Empório rural Brazlândia Margem da DF 240 – Incra 6 – ARCAG - Brazlândia


Espaço Natural

Terça, Quinta e Sábado (pela manhã)
- 315/316 norte (em frente à Igreja Messiânica)

TAO Orgânica

Sábado (pela manhã)
- 108/109 norte (próximo à escola Pedacinho do Céu)

Mercado Orgânico

Quinta e Sábado (pela manhã)
- Mercado Orgânico/CEASA - Cruzeiro-DF

Sábado (pela manhã)
- 315/316 Sul (no espaço do templo Budista)


MOA Internacional

Terça e Sexta (09h às 17h.)
- Sudoeste - Ponto de Distribuição CSW 01 lote 4 Edifício Portal Master – bloco A loja 1

Segunda a Sexta e Sábado (pela manhã)
- Centro de Agricultura de Produção Natural - DF 180 - KM 19 - Brazlândia

Grupo de Orgânicos de São Sebastião

Sábado
- Banca orgânica da Feira do Jardim Botânico em frente à ESAF

Quarta e Sábado (pela manhã)
- Atrás do restaurante Girassol – SCLS 409 Bl. B – lj. 15/16 - Brasília

Grupo Vida e Preservação (GVP) – Assentamento Colônia I

Terça ( pela manhã)
- INCRA – Palácio do Desenvolvimento - SBN - Brasília
- UnB – Minhocão, Ala norte - Brasília.

Quinta (à tarde)
- Ministério Meio Ambiente, Esplanada dos Ministérios - Brasília.

Grupo Agrofloresta

Quinta-feira (12h ás 18h)
- Parque Estação Biológica – final da Asa Norte, Em frente a Emater-DF - Brasília

Grupo de orgânicos de Planaltina

Quinta-feira (9h às 16h)
- Ao lado da Adm. Regional - Planaltina

Produtos orgânicos também podem ser encontrados em outros locais não citados como SUPERMERCADOS, MINIMERCADOS, SACOLÕES.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Hora do lanche

Hábitos saudáveis devem ser incentivados desde a infância pelos pais


Frutas, legumes e verduras são as principais fontes de vitaminas, minerais e fibra para o corpo. Para as crianças, a importância deles é ainda maior, pois são responsáveis pelo crescimento, desenvolvimento e aprendizado adequado. No entanto, os alimentos do grupo dos vegetais são pouco aceitos por muitas crianças, que acabam preferindo os doces. Para que isso não ocorra, é preciso despertar e estimular esse interesse, a partir do sexto mês de vida.

O publicitário Henrique Xudré, pai da Sarah, de 4 anos, diz que não acha certo obrigar a criança a comer e, o melhor a fazer é misturar, pois ela não irá perceber o gosto. “Nós (Henrique e a esposa) comemos bastante saladas e é o que servimos pra Sarah. Em casa, come alface, tomate e cenoura, que ela gosta muito, e frutas, como são doces, nunca tivemos muitos problemas para fazê-la comer.” A nutricionista Luciana Rodriguez Teixeira afirma que alimentação dos pais é a maior influência a formação do hábito alimentar, pois a criança tende a imitar.

Durante toda a infância, é preciso aliar uma boa alimentação com equilíbrio, variedade e moderação. Além disso, é preciso não desistir diante das negativas da criança e oferecer o mesmo alimento de 8 a 15 vezes para que ele seja aceito.  “Se a mãe for persistente, uma hora a criança aceita o alimento, nem que seja para experimentar”, conta a nutricionista.

A empresária Ana Cristina, mãe de um casal de crianças de 8 e 5 anos, costuma almoçar com os filhos apenas no fim de semana e, quando presente, procura fazer algo diferente para influenciar os filhos a comerem melhor.  “Primeiro eu fazia pratos arrumadinhos. Uma vez até fiz um ursinho, foi muito engraçado. Depois comecei a ‘esconder' esses alimentos na comida. Mas a criança percebe e, se ela não quiser comer, ela vai deixar de lado.”, comenta Ana sobre a dificuldade de fazer seus filhos comerem.

De acordo com Luciana Rodrigues, o ideal é a apresentação do alimento como ele é. “A partir do desmame, devemos incentivá-las a comer esses alimentos mais saudáveis é aí que começa uma educação alimentar. Mas se a criança for maior e não tiver o hábito, o melhor mesmo é apostar em preparações chamativas e saborosas”.

Hoje já é possível encontrar algumas dicas úteis na internet feitas pelo Ministério da Saúde, como a Cartilha de orientações aos paisOs 10 passos para uma alimentação saudável - para crianças abaixo de dois anos, e alguns blogs que ajudam e dão dicas para auxiliar nessa corrida à boa alimentação.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Do chucrute ao bratwurst


Restaurantes e festivais divulgam os pratos típicos da Alemanha

 

Eisbein, kassler, bockwurst, bratwurst, sauerkraut.Quem lê esses nomes estranhos muitas vezes não sabe que, apesar de estrangeiros, já são pratos preparados com primor em alguns restaurantes de Brasília. Eisbein e kasslersão, respectivamente, joelho e bisteca de porco defumados. Jábockwurst e bratwurst são dois tipos de salsicha, vermelha e branca, tradicionalmente alemãs. Sauerkraut, ou chucrute, é uma conserva de repolho fermentado – embora no Brasil alguns restaurantes tenham dado esse mesmo nome a um prato polonês chamado golabki (carne e arroz enrolados em folhas de repolho).

Brasília, a capital do país, conta com cerca de dez estabelecimentos, entre bares e restaurantes, onde é possível saborear a vasta culinária alemã, que tem traços regionais. As carnes de porco, bovina e de aves são as mais consumidas na Alemanha, a grande maioria em forma de salsicha, marca registrada do país mundo afora. Cyntia Tofeti, atual proprietária do restaurante Fred, confirma: “Tenho clientes que vêm só pra comer o joelho de porco e, principalmente, o salsichão”.

De tanto ouvir os elogios ao gulash [cozido de carne bovina] que a mãe cozinhava, Birgit Fenzi quis fazer com que mais pessoas conhecessem o prato. O restaurante Servus foi aberto por Birgit, há quase 10 anos, com o propósito de diminuir os preconceitos relativos a esse tipo de comida. “Eu queria desmistificar, e estou conseguindo, que a culinária alemã é pesada”, explica Birgit. Entre os frequentadores do restaurante, que fica em uma área verde próxima à saída para Unaí, estão vegetarianos e crianças, muitas vezes passando o dia todo por lá.

Comemoração alemã em Brasília

Pelo quarto ano seguido o clube Cota Mil realiza a edição brasiliense da Oktoberfest, trazendo a estrutura da festa de Blumenau para a capital do país. São esperadas até mil pessoas, que estarão em contato com diversos aspectos da cultura alemã.

Músicas, bebidas, comida e apresentações de danças típicas estão inclusos no valor do ingresso. “Como tudo será idêntico ao festival de Blumenau, pode ser considerada uma prévia do que vai acontecer em Santa Catarina”, comenta Lyzy Rayla, assessora de comunicação do clube onde a festa será realizada.

Guilherme Paulino, 20, pretende ir à Oktoberfest brasiliense. Em 2008, quando morava na Nova Zelândia, costumava comer em uma barraquinha que vendia as famosas salsichas alemãs. Desde então, tem vontade de ir para as festas mais famosas – no Brasil, a de Blumenau, e a originária, de Munique. “Só pelas salsichas já vale a pena ir, mas um amigo já disse que o joelho de porco é sensacional”,comenta Guilherme, que está empolgado com a possibilidade de participar da famosa festividade alemã sem sair da cidade.

Originada na Alemanha, a Oktoberfest surgiu em 1810 e teve sua primeira edição no Brasil em 1976, em Santa Catarina. A festa, que originalmente dura 16 dias, entre setembro e outubro, foi criada para celebrar as cervejas locais, produzidas nos limites da cidade de Munique. Blumenau é a cidade com a maior Oktoberfest do mundo, fora da Alemanha, com comidas, músicas e bebidas típicas.

Serviços:

Servus- Restaurante Germânico
DF 140, quilômetro 6,2, Setor Habitacional Tororó - próximo à Cachoeira do Tororó
Aberto sábados e domingos das 12h30 às 16h
Faixa de preço: de R$ 51,00 a R$ 75,00
Telefone: (61) 3339 6180

Fred- Restaurante Alemão
Asa Sul Quadra 405, bloco B, loja 10
Aberto das 12h às 15h para almoço, 19h à 0h jantar, sábado almoço até 16h e domingo e segunda apenas almoço.
Faixa de preço: de R$51,00 a R$ 75,0
Telefone: (61) 3443 1450
www.fredrestaurante.com.br

Oktoberfest Brasília
4°Festival Gastronômico Alemão
6 de outubro de 2012
Clube Cota Mil (SCES Trecho 2 conjunto 26/27 lote 11)
Ingressos e mais informações pelo telefone (61) 3225 4489
Preço: R$ 95 (Primeiro lote)
www.cmic.com.br


quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Sucos, um alimento para o dia a dia

 

Apesar do aumento no consumo, o brasileiro não trocou o industrializado pelo natural




No Brasil cerca de 90% das pessoas consomem menos legumes, verduras e frutas do que o recomendado pelo Ministério da Saúde (MS) – 400 gramas diários –, de acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2011. No entanto, o consumo de sucos está em expansão desde 2008. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas (Abir), o mercado de sucos e néctares de frutas prontos para beber, ou seja, industrializados, tem o dobro da expansão em relação à do consumo de refrigerantes. Embora o aumento no consumo de sucos seja relativo aos industrializados, para alcançar os nutrientes necessários, os sucos devem ser feitos da própria fruta.

Para a nutricionista funcional Larissa Lima, a ingestão dos industrializados não traz muitos benefícios. Uma boa forma de melhorar os hábitos seria substituir os industrializados pelos naturais, feitos na hora. Estes contêm vitaminas, sais minerais e fibras, além de terem caráter complementar na alimentação e na melhora da ingestão de alimentos saudáveis. 

Suellen Marques, fisioterapeuta, prefere sucos durante o dia. “Eu gosto de suco natural, mas quando não dá tempo de fazer, recorro aos sucos de caixinha ou de polpa, sei que é errado.” A nutricionista Larissa diz que a polpa não é tão boa quanto parece. “Por ela ser batida, há perda de potencial nutricional. Não é nem pelo congelamento, mas porque quanto mais você bate uma fruta, menos orgânica ela fica, ou seja, as moléculas se desfazem, fazendo com que o valor nutricional se perca”, conclui. 

De acordo com Larissa, a maioria das pessoas não sabe fazer sucos, ou fazem de maneira errada por conta da correria do dia a dia. “O consumo deve ser imediato, senão o potencial mineral é perdido e, pode até provocar gases”, comenta a nutricionista. “As pessoas esquecem de tomar os sucos naturais. Não se pode fazer um suco e depois deixar horas na geladeira, ele perde o potencial mineral.” 

Para fazer um suco de qualidade, não basta jogar tudo no liquidificador e bater, segundo a chef e professora do curso de Sucos Revitalizantes da Kaza Chique, Margot Shalders. É preciso aproveitar todos os nutrientes e saber combiná-los. “Temos que aprender como os alimentos interagem no organismo para que não haja desperdício e nem problemas como gastrite e azia”, afirma. Nas aulas ministradas por ela, os alunos aprendem sete receitas diferentes que incluem até sucos só com legumes e verduras. “Diferentemente do que muitos pensam, o suco é mais que um complemento, ele pode substituir uma refeição leve [como lanche e ceia]”, diz.

Para aprender quais as melhores combinações, ela dá a dica: “procure unir frutas que se complementem. Misturar duas ou mais frutas é importante. O abacaxi é rico em fibras solúveis e ajuda a controlar os níveis de colesterol no sangue. A maçã tem ação diurética e ajuda a eliminar o excesso de sódio e água no corpo. Misturar esses dois ingredientes com o gengibre é bom para combater a celulite, hidrata e é ótimo nos dias quentes”, explica.

Aliar a alimentação às necessidades nutricionais de cada um pode ser simples. Na dúvida de que ingrediente usar consulte a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (Taco), disponível no site do Ministério da Saúde (www.saude.gov.br), e conheça a diversidade nutricional de cada fruta.

Para aqueles que ainda preferem os industrializados, desde junho de 2009, o decreto 6.871 regulamenta e define que suco de fruta é apenas aquele que apresenta entre 60 e 100% de fruta em sua composição. O néctar, por sua vez, deve conter pelo menos 30% de polpa de fruta. No caso das frutas cítricas, é permitido um mínimo de 20%. Uma boa dica é sempre olhar a composição: o ingrediente que estiver à frente é aquele presente em maior quantidade no industrializado.

 Veja uma tabela de acordo com o decreto sobre a % de polpa existente.
 
SUCO
NÉCTAR
REFRESCOS
REFRIGERANTES
FRUTA
% de sucos/polpa da fruta
Uva
100%
30%
30%
10%
Manga
60%
40%
20%
5%
Mamão
60%
35%
20%
5%
Melão
100%
30%
20%
5%
Banana
*
30%
20%
5%
Laranja
100%
30%
30%
10%
Maçã
100%
30%
25%
5%
Frutas em geral
100%
30%
20%
até 10%
Fonte: Decreto nº. 6.871 de 4/06/2009.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Culinária e aprendizado para todos os gostos e idades

Em Brasília é possível encontrar cursos temáticos e de formação tecnológica


 
Cozinhar por hobby ou profissionalmente? Inventar novos pratos ou se ater ao básico? Incrementar ou criar um acompanhamento? Na hora de decidir aprofundar os conhecimentos na cozinha, o brasiliense encontra diversas opções. Desde cursos rápidos oferecidos por escolas de culinária a cursos técnicos de graduação em algumas faculdades do Distrito Federal.
 
 
A Nutrichef, por exemplo, possui um serviço integrado de nutrição e culinária, ministrando cursos e aulas de acordo com as indicações passadas pela nutricionista. São oferecidos, também, cursos para o público geral que vão desde ensinar a cozinhar, até o preparo de pratos para grupos específicos.
Já a Escola de Gastronomia de Brasília costuma realizar aulas e cursos temáticos, de curta duração. O mesmo acontece na Kaza Chique, empresa que comercializa produtos domésticos e oferece diversos cursos, não só de culinária, mas também de montagem de pratos e organização de ambiente para a refeição.
 
Cursos para todos os gostos e idades
 
"As pessoas, por terem mais acesso e consumirem coisas melhores, se tornaram mais exigentes dentro de casa também", aponta o chef Kaká Silva, um dos professores do Cookers Cozinha Criativa, empresa formada por Fernando Abdalla e Thaiza Pacheco. Além de workshops temáticos (risotos, aperitivos, petiscos, confeitaria básica, entre outros), eles trabalham com consultorias, serviços de personal chef, barmen e cursos de gastronomia molecular.
 
Apesar de assustar ao primeiro contato, o curso de gastronomia molecular não exige nenhum conhecimento avançado, apenas que a pessoa goste de cozinhar. O curso, que já está na terceira turma aqui em Brasília, ensina técnicas e prática, mas Thaiza faz uma ressalva: "É preciso ter equipamentos profissionais para a prática, embora algumas coisas você consiga fazer em casa".
 
Na cozinha, a idade não é um diferencial, nem mesmo um problema. Aos 15 anos, a estudante Flora Freitas já fez quatro minicursos e se prepara para prestar vestibular. O curso: gastronomia."Eu sempre gostei de ajudar minha mãe a cozinhar e ficava assistindo quando passava alguma coisa relacionada na televisão." Flora tinha 13 anos quando fez o primeiro curso, no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do Distrito Federal - Senac."Era um curso de sopas e eu fiz junto com a minha mãe, mas o último que eu fiz foi o ‘Chef Teen’", conta a estudante.
 
Chef Teen é o nome de um curso oferecido pelo Senac, em várias unidades do país, para ensinar adolescentes a prepararem comidas saudáveis de forma independente. Aprender a tornar comidas cotidianas mais interessantes foi uma das motivações para que Flora decidisse fazer mais cursos. "Gosto de arrumar o prato de um jeito que dê vontade de comer", conta a estudante.
 
Graduação ou cursos específicos?
 
Andrei Linhares, 23, está prestes a se formar em cinema e mídias digitais e já pensa em partir para um curso tecnológico. Dessa vez, em gastronomia. "Acho que, no meu caso, o curso completo seria mais bem aproveitado, já que eu não sei exatamente com que tipo de cozinha eu me daria melhor", comenta. Para ele, que se diz indeciso, seria uma oportunidade de conhecer, de forma mais aprofundada, diversos aspectos do mundo gastronômico.
 
Mas as coisas não são assim tão simples. "Fazer o curso de gastronomia, que é bem específico e técnico não foi assim tão fácil", comenta Amanda Gomes, recém-formada na área. Segundo ela, o curso exige tempo para aprender e, até mesmo, decorar, embora muitas pessoas acreditem que cozinhar seja uma tarefa simples.
 
Embora com um objetivo específico – montar sua própria loja, dada a paixão pela confeitaria –, Amanda explica que se dedicou em todas as áreas. "O bom do curso é você aprender a inovar pratos simples, ter novas técnicas para preparar as receitas que você mais gosta", explica. Durante o curso, os alunos vão aprendendo a harmonizar pratos e bebidas para poder agradar cada público específico, seja ele formado por familiares e amigos ou por clientes.
 
Onde estudar?
 
Em Brasília algumas faculdades oferecem o curso para a formação de tecnólogo em Gastronomia. São elas: Iesb (tel.: 3340-3747), Universidade Católica de Brasília (tel.: 3356-9686), Uniceub (tel.: 3966-1200), Unip (tel.: 2192 - 7080), Unieuro (tel.: 3445-5838).
 
Além disso, os interessados nos cursos da Kaza Chique podem consultar os horários no site http://www.kazachique.com.brou ligar no telefone 3032-8002. No mês de setembro ainda serão realizados cursos de Frutos do Mar, Cupcakes, Molhos para Carnes e Filé Mignon.
Quem se interessou pela culinária molecular, o Cookers começa uma nova turma no dia 6 de outubro, com apenas 10 vagas. Mais informações no telefone 3033-8434.